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Informação Jovem

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Os explicadores não fazem milagres”

Professor de Física e Química há cerca de dez anos, António Merim decidiu ensinar os alunos a aprender. Convicto de que a falta de objectivos e métodos de estudo afectam negativamente as classificações, pôs mãos à obra e redigiu um manual com propostas que quem já estudou sabe de cor, mas que muitos alunos continuam a ignorar.

Todos os anos a universidade do porto dá algumas pistas aos estudantes do secundário, de como será o ensino superior.

milhares de estudantes lançam-se todos os anos numa das maiores aventuras das suas vidas: conseguir um emprego.

Fazem-se listas de empresas onde se gostava de trabalhar, escrevem-se currículos mais do que perfeitos que se mandam por e-mail. E com sorte, e muita persistência à mistura, consegue-se uma entrevista.

Ora, as tais empresas onde se gostava de trabalhar nem sempre são as melhores para um jovem recém-formado começar a sua carreira. Se pensa, por exemplo, que uma grande multinacional de renome poderá oferecer um começo mais auspicioso do que uma PME 100% portuguesa, muito provavelmente estará enganado.

A consultora GMS Consulting, que em 2010 foi considerada a “Melhor Empresa para Trabalhar para Jovens”, de acordo com o estudo que a Great Place to Work Portugal realiza todos os anos (ver relacionados), é disso um bom exemplo.

Entre as candidatas a esta distinção encontravam-se ainda as consultoras Evris, que conquistou esta distinção em 2008 e 2009, a Leadership Business Consulting, a PricewaterhouseCoopers e o centro de atendimento telefónico da Teleperformance Portugal na Covilhã.

Em 2007, ano em que esta distinção foi atribuída pela primeira vez, a grande vencedora foi a Danone.

Mas o que faz de uma empresa um bom local para um jovem começar a trabalhar?

Todas estas empresas trabalham com grupos muito jovens e valorizam muito a forma como são acolhidos. Ainda que não seja o vector mais importante, é dada especial importância à forma como os jovens são recebidos. Em muitas empresas, são menos valorizados pelo simples facto de serem jovens. Mas há mais.

É muito comum encontrarem também um mentor. Os jovens têm ainda possibilidade de trabalhar e de se desenvolver a nível internacional, isto é, de fazer intercâmbios, o que nesta idade é uma oportunidade que não se deve perder. Por vezes, há possibilidade de entrada directa para os quadros.

Sandrine Lage, fundadora da Sperantia, que representa o Great Place to Work em Portugal lembra, por exemplo, que “a vencedora deste ano tem um programa de formação individualizado que representa, em média, 10% a 15% do tempo anual de cada colaborador. Imagine o investimento que se faz em termos de formação deste jovem”.

Aos jovens recém-contratados pela GMS Consulting é ministrada uma formação que dura três semanas, durante a qual apresentam a estrutura e o funcionamento da empresa e em que discutem case studies. No final, é atribuído um prémio ao jovem que tiver melhor classificação nessa formação. “Há aqui claramente uma promoção da meritocracia”, afirma Sandrine Lage, acrescentado: “Repare que quando estes jovens chegam à empresa têm uma experiência muitíssimo limitada ou, por vezes, nenhuma. É a própria empresa que lhes vai criar a base para o profissional que se vai tornar no futuro. Daí ser importantíssimo haver um mentor. Alguém que vai moldá-los na adolescência do seu percurso profissional.”

Acresce que na GMS Consulting a estrutura de carreira e o sistema de avaliação são transparentes e estão vocacionados para o reconhecimento. A maioria dos managers, por exemplo, tem idade inferior a 35 anos e os partners entre 35 e 37. A participação em projectos variados, em áreas com visibilidade, no âmbito dos quais os jovens podem contactar com os níveis hierárquicos superiores nos clientes, também constitui motivação adicional. Os recém-contratados têm ainda a possibilidade de participar em projectos internacionais em países que reportam a Portugal ou numa perspectiva mais alargada através da rede mundial da GMS.

 

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